terça-feira, 17 de março de 2015

M de mulher, M de machismo

Uma das canções de John Lennon fala da opressão que sofrem as mulheres em todo o mundo. “Woman” é o nome da música. Ela exprime, uma triste realidade. Seja aqui no Brasil ou em qualquer parte do mundo, a mulher ainda sofre preconceito. Até num país de primeiro mundo, como nos EUA, como se pode ver da denúncia da ganhadora do Oscar deste ano, Patrícia Arquete, ao denunciar que as atrizes ganham menos do que os atores.
A mulher sempre teve sua posição atormentada pelo não reconhecimento de seu valor. Muito embora ela tenha rompido barreiras, quando se sabe que hoje no Ceará, por exemplo, elas são 51 por cento das pessoas que ocupam o mercado de trabalho. Mesmo assim ainda é estigmatizada, sofre opressão. É humilhada. Sofre violência doméstica. É morta pelo machismo aviltante.
Com toda a mudança de comportamento, a consciência de sua importância, a mulher ainda é hoje em dia exposta como mercadoria, como se pode depreender dessa publicação de um site em Quixadá, expondo as fotos de universitárias com acentuada conotação sexual. O autor dessa ignomínia indagava ao internauta quais delas, ele escolheria para levar para a cama, usando fotos de estudantes da cidade, numa grosseira e criminosa forma de desrespeito à figura da mulher.
O autor da divulgação vai responder por difamação ou injúria, segundo o Código Penal. É capaz de algum desavisado, colocar a culpa nas redes sociais por permitirem esse tipo de permissividade, quando na verdade, é o ser humano o responsável maior. Seria a mesma coisa de no trânsito culpar o carro por ele correr demais, quando é o guiador o responsável por isso.
Quem nos dias de hoje ainda trata a mulher com desprezo e desrespeito, simplesmente, foge às exigências desse tempo, que reverte uma postura errônea do século 18, quando era comum se repetir a frase de Schopenhauer “cabelos longos, ideias curtas”. Quem ainda pensa assim, coitado, não merece nem mesmo a mulher que tem por mãe

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