sexta-feira, 20 de março de 2015

Ciúme. Desconfiança no outro ou em si?


Foto: Internet
Desconfianças infundadas minam a vida conjugal.
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O ciúme sem causa pode ser falta de autoconfiança. Há, certamente, parceiros que dão motivos para a insegurança do cônjuge. E até os que desconfiam do outro, julgando-o por si, a exemplo de sua própria culpa e infidelidade. Esta é uma questão à parte, mais comum nas relações instáveis ou superficiais.
Em outro contexto, o ciúme sem nenhuma razão concreta ou qualquer indício que justifique esse sentimento, se manifesta pela sensação de incapacidade de completar o parceiro. O complexo de inferioridade é, também, uma de suas causas. Não se sentir à altura do outro, merecedor do outro, desencadeia uma série de inseguranças. As diferenças culturais, intelectuais e de status profissional são as principais razões.
Quando reconhecemos em nós valores verdadeiros e sabemos o espaço que ocupamos no relacionamento – fruto da nossa postura, dos nossos posicionamentos e, especialmente, do nosso amor próprio intrínseco – não subestimamos a nossa importância na relação.
Partimos da premissa de que o nosso parceiro não quer nos perder, não tem interesse que a relação acabe. Ele também sabe que ela é cara, única e especial. Assim, não damos cabimento ao ciúme que só desarmoniza e destrói.
A estabilidade emocional é um exercício, uma construção. Uma relação madura e sincera não dá oportunidade à competição e ao ciúme. Acusações injustas e desconfianças infundadas minam a vida conjugal. Causar desarmonia quando tudo está bem, por algo que só existe na nossa imaginação é, no mínimo, uma estupidez.
Somente quando há confiança – bilateral – em si e no outro, a relação mantém-se em equilíbrio e avança. O zelo salutar é o ciúme comedido. Na medida certa, é cuidado, expressão de amor. Viver a dois não extingue a liberdade de ser, tão pouco, a individualidade.

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