sexta-feira, 30 de maio de 2014

Moisés Braz participa de congresso de trabalhadores rurais em Tauá

O vice-presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Ceará (Fetraece), Moisés Braz, participou na manhã desta quinta, 29 de maio, no Centro Pastoral São José, do 12º Congresso Municipal dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Tauá. Ao lado da vice-prefeita Patrícia Aguiar, do presidente do STTR, Pedro Marcelino Almeida, da presidenta da Central Única dos Trabalhadores do Ceará (CUT-CE), Joana Almeida, do secretário de políticas sociais da Confederação Nacional da Agricultura (Contag), José Wilson Gonçalves, e da secretária de formação da Fetraece, Lucilene Batista, além de outras autoridades, Moisés integrou a mesa de abertura do evento e ministrou palestra sobre a conjuntura política brasileira.
Segundo Moisés, é importante os sindicatos locais pautarem a construção de políticas públicas ligadas ao setor rural nos municípios. “É necessário porque 70% do que vai pra mesa vem da Agricultura Familiar. Mas pautamos também a questão da seca. Discutimos isso junto ao governador Cid Gomes no Grito da Terra Brasil do último dia 20”, colocou. Na ocasião, Moisés ressaltou que a luta pela água deve ser alvoi de mobilização da classe trabalhadora rural. “Se em 2013 não houve saques, nós fechamos BRs para chamar a atenção para o assunto. Pela falta d'água temos que protestar, porque este ano deveremos ter seca novamente”, pontuou. Moisés destacou que 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar, o que representa maior atenção dos governos para o tema. Ele se disse feliz com o anúncio, pela presidenta Dilma Roussef da liberação de R$ 24 bilhões para a Agricultura Familiar no Plano Safra lançado há poucos dias. “Mas, por outro lado, o governo disponibilizou R$ 159 bilhões para o agronegócio. Não achamos pouco o valor para a agricultura familiar, mas é porque não tinha nada antes do governo Lula. Os ricos não deixaram de enricar, e esse debate tem que ser feito”, finalizou, durante a abertura.
Também participaram do Congresso Cláudio Gonçalves, coordenador regional da Fetraece, João Evonilson Alexandrino, o padre Maurício, ex-presidente do STTR e vereador pelo PT na cidade, e Ronival Reis, coordenador do Agropolos em Tauá. Em seu discurso, a prefeita Patrícia Aguiar parabenizou o sindicato por discutir as políticas em benefício dos agricultores familiares. “Não é toda entidade que se reúne em Congresso há 26 anos”, destacou, ao elogiar o governo federal Dilma por “olhar para os mais necessitados”, e desejar boa sorte aos participantes do congresso.
Para Pedro Marcelino Almeida, as presenças dos delegados reafirmam o compromisso da classe com o sindicato. “Vamos fazer um grande debate e proposições que vão servir para o mandato da atual direção. O objetivo é discutir a situação do universo municipal, principalmente os problemas que interferem na qualidade de vida, para que o PADRSS seja implementado”, declarou. De acordo com ele, os trabalhadores têm de debater com intensidade dos desafios para fortalecer o sindicato e mobilizar classe para assumir bandeiras de luta como reforma agrária.
Para Renato Carvalho, gerente regional da Ematerce, a ONU instituiu o Ano Internacional da Agricultura Familiar como forma de chamar a atenção para a importância do setor. “Quarenta por centro das riquezas do Brasil e 70% alimentos que chegam à nossa mesa vem da agricultura familiar. No plano Safra, a Dilma anunciou R$ 24 bilhões para os agricultores familiares, e R$ 4,6 bilhões para o semiárido em financiamentos a juros baixos”, enfatizou. Carvalho lembrou ainda que o Governo Cid Gomes criou SDA para trabalhar o setor.

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