Por Redação
Fernando Henrique Cardoso reconheceu a existência do “Mensalão
tucano”, porém, tentando amenizar a gravidade justificando que foi
“caixa dois”. “Foi, eventualmente, desvio de recursos para campanha
eleitoral e não compra sistemática de apoio para o governo no
Congresso.”
Na entrevista, condedida ao blogue do jornalista Josias de Souza, na
Folha de S. Paulo, FHC também falou sobre o escândalo de corrupção
envolvendo políticos do PSDB e um cartel de empresas, lideradas pela
Siemens, que se favorecia nos processos de licitação da CPTM e do Metrô.
Para o ex-presidente, as provas e os depoimentos que apontam os
tucanos de alta plumagem, como o vereador Andrea Matarazzo, envolvidos
com as empresas não são suficientes e foram ignoradas na entrevista.
“Acho que tem que ser apurado. Se trata de surborno, parece óbvio, de
funcionários. Qual é o elo disso com o governador ou com o partido? Eu
não vi nem indício”, afirmou FHC, para quem o caso não passa de
“manipulação política.”
Muito já se disse que “Lula elege até poste” nesse país. Justamente
essa citação foi usada por FHC para ironizar o petista, ao final da
entrevista. “Eu tenho receio de outra coisa. Que o Lula, de botar tanto
poste sem luz, acabe escurecendo o Brasil. É preciso evitar isso”.
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