De 27 a 30/11, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na
Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece) realizou o 7º Congresso, onde
celebraram-se seus 50 anos de vida e debateu-se o Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), que defende a
“importância social e econômica do meio rural como espaço potencial para
o desenvolvimento sustentável e solidário, o que só é possível,
acreditando e investindo em gente no campo em condições de produzir,
comercializar e ter vida bem vivida e com dignidade” e afirma que “o
desenvolvimento rural sustentável e solidário se efetiva, se construído
com a participação de homens, mulheres e jovens trabalhadores e
trabalhadoras do campo.”
Com essa concepção, o Movimento
Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) conclama a
sociedade para dialogar sobre as opções de desenvolver o País com
inclusão, investindo “no ser humano em sua totalidade e complexidade”.
Sublinhe-se
no PADRSS a proposta de um novo padrão produtivo constituído pela
“diversificação e valorização da produção local e pelo respeito ao meio
ambiente, orientado pelo respeito às diferenças, pela inclusão social,
pela valorização das identidades e culturas dos povos” e uma lógica de
mercado menos competitiva e mais cooperativa. Para realizá-lo, há
necessidade do fortalecimento de frentes de lutas tais como: reforma
agrária massiva de qualidade e participativa; ampliação e fortalecimento
da agricultura familiar; assistência técnica diferenciada e pública;
ampliação das oportunidades de emprego e renda com igualdade de gênero,
raça, etnia e geracional.
Em suma: de modo propositivo, a
Fetraece e o MSTTR questionam os modelos de desenvolvimento que ignoram
os trabalhadoras e trabalhadores rurais. E afirmam que são sujeitos
políticos e sociais ativos nos espaços políticos e institucionais
visando garantir a implementação do PADRSS.
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